Teoria da Classificação, Ontem e Hoje

Ingetraut Dahlberg *
Mainz Universitat – Alemanha

SUMÁRIO

1. BREVE HISTÓRIA DA TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO
2. PASSOS PRELIMINARES PARA UMA NOVA ABORDAGEM
3. RANGANATHAN, PAI DA MODERNA TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO
4. A INFLUÊNCIA DE RANGANATHAN
5. PESQUISAS DAS RELAÇÕES ENTRE CONCEITOS
6. CONSEQUÊNCIAS NECESSÁRIAS DA TEORIA CONCEITUAL ESBOÇADA
7. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO FUTUROS EM CLASSIFICAÇÃO1.

1. BREVE HISTÓRIA DA TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO

A antiga arte de classificar, tão antiga quanto a humanidade, apenas recentemente adquiriu uma base teórica adequada – base esta que nos permite presumir que ela progrediu do status de arte para o de ciência.

Quando apenas uma arte, a classificação foi aplicada de diversos modos e formas à medida que nosso conhecimento se desenvolvia. Deixou suas marcas em todos os arranjos sistemáticos que entraram na composição dos trabalhos de grandes filósofos, a começar pelo Indic Vedas, a Bíblia, as coleções enciclopédicas de tudo o que era conhecido numa determinada época, como por exemplo a enciclopédia do egípcio Amenope (1250 A.C.) e de Caius Plinius Secundus (23-79 D.C.), e ainda as grandes enciclopédias da Idade Média, como as de Isidro de Sevilla, Vincent de Beauvais, Bartholomaeus Anglicus, Brunetto Latini e as da Renascença, como as de Georg Valla, Rafael Maffei, Johann Heinrich Alsted, Wolfgang Ratke. Todos esses trabalhos foram organizados sistematicamente, i. e. o conhecimento neles apresentado era organizado segundo alguma ideia preconcebida. A última enciclopédia dessa fase do desenvolvimento da classificação foi a de Diderot e d’Alembert (1751-1780), que apresentava-se não só numa forma sistemática mas também – como uma inovação – numa ordem alfabética. (Para a história detalhada ver (1)

No início, a sistematização do conhecimento não era feita de maneira esquemática como a conhecemos hoje. Até 1491 não era hábito elaborar sistemas para a classificação das ciências como um fim em si mesmo. Provavelmente só após 1491, quando o humanista e poeta italiano Angelo Poliziano publicou seu “Panepistemon”- um plano destinado não a ser o esboço de um texto mas a mostrar esquematicamente as relações entre as ciências ou áreas do conhecimento – é que realmente foi iniciado o “movimento” de elaboração de sistemas de classificação. Após Poliziano, muitos outros tentaram a mesma coisa, nenhum deles tão conhecido como Francis Bacon que, cerca de cem anos depois, em 1605 para sermos exatos, publicou um plano de classificação das ciências em seu trabalho “De dignitate et augmentis scientiarum”. Contudo, esta arte não foi chamada de “classificação” até quase duzentos anos mais tarde, por volta do fim do século XVIII. Somente a partir dessa época é que temos evidências, especialmente através das bibliografias de C. W. Shields (2), R. Flint (3) e B. C. Richardson (4), de que o termo “classificação” foi utilizado em títulos de livros (5, p. 17), relacionado com a apresentação de um plano para a classificação das ciências e dos livros. No século XIX especialmente, a elaboração de tais planos tornou-se um hobby para cada filósofo, bem como para alguns cientistas – por exemplo, o físico A.-M. Ampère (6) – e até para um homem de estado como T. G. Masaryk, presidente da Tcheco-Eslováquia (1886). A inspiração decorrente desses trabalhos filosóficos também influenciou os bibliotecários no sentido de construirem continuamente novos sistemas para a organização do conteúdo de suas coleções de livros.

Esta arte de elaborar sistemas, com alguma ideia intuitiva sobre divisões, prioridades no arranjo – primeiramente hierarquias e subordinações e finalmente “auxiliares”- era tida como teoria da classificação até muito recentemente; esta situação ainda se encontra refletida na grande obra do falecido E. I. Samurin, bibliotecário e historiador da classificação russa, que passou vinte anos de sua vida coletando e interpretando a maioria dos sistemas de classificação de caráter universal conhecidos até então (1).

2. PASSOS PRELIMINARES PARA UMA NOVA ABORDAGEM

Na verdade, foi no século XVI que o filósofo italiano Mario Nizolio (1498-1556) expressou sua irritação diante do fato de que algumas ciências podem ser consideradas sob diversos aspectos se apresentadas num plano global das ciências. Em seu tratado “Antibarbarus philosophicum”, de 1553, que contém sua própria sugestão para a classificação das áreas do conhecimento, ele não relaciona nenhuma ciência que possa ocorrer em várias divisões, tais como as ainda encontradas no plano de J. Huarte (1575), que estabelece distinção entre “Medicina Teórica” e “Medicina Prática”, “Teologia Positiva” e “Teologia Escolástica”, “Direito Teórico” e “Direito Prático”; encontra-se cada uma destas disciplinas em uma divisão diferente. Entretanto, trezentos anos teriam de passar antes que uma investigação teórica do fenômeno fosse tentada por Ampère. No prefácio de sua classificação de 1834-1843, escreveu:

Já há algum tempo eu compreendera que, ao tentar determinar as características distintivas para a definição e classificação das ciências, é necessário considerar não só a natureza dos objetos à qual eles se relacionam, também os pontos de vista sob os quais esses objetos podem ser considerados…”(6)

Os pontos de vista sob os quais pode-se considerar uma certa área de conhecimento relacionada com seu objeto receberam portanto posições especiais nas subdivisões de seu plano.

Da mesma forma, I. G. de Saint-Hilaire (1805-1861), bem como outros mais tarde, tentou demonstrar a diversidade dos aspectos de forma diagramática, como a “classification palallélique” (1, II, p. 73-76). O primeiro bibliotecário a considerar esse fato na discussão da teoria subjacente a seu plano foi Henry Evelelyn Bliss (1870-1955). Após a primeira publicação de suas ideias em 1910, Bliss preocupou-se com os fundamentos filosóficos sobre classificação e escreveu seus dois famosos livros “A organização do conhecimento e o sistema das ciências” (7) e “A organização do conhecimento nas bibliotecas”(8). Em um terceiro livro tentou combinar o conhecimento filosófico sobre classificação com a necessidade de colocar em estantes os livros de uma biblioteca.

Em seu sistema final de classificação (publicado primeiramente em 1935, e revisto e ampliado em 1940-1953), (9) Bliss mostrou os diferentes aspectos de cada área também de forma diagramática (de acordo com os pontos de vista filosófico, científico, histórico e tecnológico/artístico. Apesar disto, ele geralmente rearrumava as áreas, apresentadas bidimensionalmente, na maioria das vezes em apenas um nível hierárquico, visando à brevidade e a uma arrumação mais fácil dos livros nas estantes.

Sua contribuição real para a teoria da classificação foi ter posto a classificação bibliográfica novamente em contacto mais estreito com os princípios filosóficos da classificação, por exemplo, com os fundamentos conceituais da formação, divisão e partição de classes. Entretanto, também é justo afirmar que Bliss não descobriu nem formulou, ele próprio, grande número de novos conceitos na teoria da classificação. Pelo fato de termos hoje o privilégio de poder observar o passado, podemos afirmar que a contribuição real e visível de Bliss, em seus três livros mencionados, foi ter proporcionado ao classificacionista indiano Ranganathan a mais fértil das inspirações.

3. RANGANATHAN, PAI DA MODERNA TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO

Em seu livro “Prolegomena to library classification”, de 1937 (10), S. R. Ranganathan (1897-1972) descreve esse fato muito claramente. Uma vez, não podendo conciliar o sono, um amigo aconselhou-o a ler algo para distrair-se. Ranganathan possuía os três livros de Bliss mas até então não encontrara tempo para lê-los. E seguiu o conselho do amigo. Porém, ao invés de adormecer, não pode parar de ler até ter terminado os três livros. Ficou fascinado pela ideia da criação de uma base teórica para sistemas de classificação, e ao mesmo tempo sentiu-se motivado para formular uma teoria sua, a teoria da Classificação dos dois Pontos, tal como foi apresentada em seu famoso livro “Prolegomena…”. Isto ocorreu quatro anos após a publicação da primeira edição da Classificação dos Dois Pontos (11), que havia sido desenvolvida apenas a partir de bases intuitivas. Agora, Ranganathan formula regras, enuncia cânones e postulados a partir dos quais extrai seus princípios e lança seus chamados “processos” (devices) para a formação de representações de conceitos em nível teórico.

Antes de tornar-se bibliotecário, Ranganathan havia se especializado em matemática, tendo mesmo ensinado essa disciplina na Universidade de Madras. Através de sua abordagem teórica, pode-se dizer que Ranganathan “matematizou”a classificação. Mas ele não utilizou a matemática de maneira quantitativa ou estatística. Sua abordagem matemática era muito similar à do grande filósofo alemão G. W. Leibniz (1646-1716), que não só apresentou as bases do cálculo integral e diferencial (1673) mas também procurou, toda sua vida, um novo tipo de matemática, ‘qualitativa’, como ele a chamou. Desde sua dissertação “De arte combtinatoria”(1666), Leibniz procurava uma “characteristica universalis”, um tipo de linguagem conceitual para a expressão combinatória de qualquer conceito e assunto existente no mundo (12) (13); assim, eventualmente influenciou G. Frege em sua lógica predicativa e “Begriffschrift”(14), bem como a maior parte da lógica moderna.

Possivelmente, Ranganathan encontrou o novo tipo de matemática qualitativa que Leibniz buscava ao tentar analisar os assuntos, dividindo-os em seus elementos constituintes e em seguida formular e formalizar, através de suas “fórmulas de facetas”, enunciados sobre os assuntos encontrados nos livros e em outros tipos de documentos. Trata-se das regras para os “processos” que Ranganathan introduziu como sendo geralmente representativo dos elementos da notação que substituem os conceitos dos assuntos.

A abordagem ranganathiana da classificação era pois completamente diferente de todas as anteriores. Embora já se pudesse perceber uma abordagem analítica e combinatória nos sistemas de Dewey (especialmente através da influência determinante na CDU de P. Otlet e H. La Fontaine), de C. A. Cutter (1837-1903), de J. D. Brown (1861-1914) e de H. E. Bliss, o sistema de Ranganathan diferia dos outros, sobretudo pelo fato de que ele não usava classes preestabelecidas e prontas às quais os títulos tinham de ser relacionados, mas criava classes de livros somente no momento em que um livro era analisado segundo os elementos conceituais de seu assunto, e sintetizado segundo as regras das fórmulas de facetas ligadas às disciplinas. Mas isso significa também que o número de classes gerado por esse sistema pode ser igual ao número de livros da biblioteca, se sua coleção for suficientemente diversificada, pois dois livros somente podem ser considerados como pertencentes a uma só classe se sua síntese for igual.

Entre as diversas ideias novas e a quantidade de novos conceitos de classificação criados por Ranganathan (e frequentemente expressos de maneira muito pitoresca), quais são os três pontos que podem ser considerados como sua maior contribuição à moderna teoria da classificação?

Em primeiro lugar, Ranganathan introduziu três níveis distintos baseados nos quais trabalham os classificacionistas (que elaboram sistemas de classificação) e os “classificadores”. Estes níveis são:

  • o chamado “plano da ideia” – nível das ideias, conceitos
  • o “plano verbal” – nível da expressão verbal dos conceitos (que podem variar segundo a língua utilizada)
  • o “plano notacional” – nível da fixação dos conceitos em formas abstratas, tais como sinais (letras, números)

Essa distinção em três níveis auxiliou consideravelmente a tornar mais claro o que pode ser considerado como o objeto da ciência da classificação: é o conceito único e sua capacidade de combinação para representar o conhecimento que o homem tem do mundo que, desde Ranganathan, pode ser considerado como o elemento característico dos sistemas de classificação. Isto pressupõe a disponibilidade das expressões da linguagem natural para sua descrição (plano verbal) e utiliza notações para sua representação em uma forma semiótica.

A segunda contribuição de Ranganathan à moderna teoria da classificação é a sua abordagem analítico-sintética para a identificação dos assuntos. Isto implica em que a classificação de cada documento exige uma análise de seu título ou um enunciado descritivo de seu conteúdo nos termos dos conceitos que formam os componentes da ciência à qual esse documento pertence. Após a análise e a orientação desses elementos nas chamadas facetas (que são representativas dos tipos de conceitos em áreas especializadas do conhecimento), é possível sintetizá-los em expressões combinatórias que formam a classe, construída analitico-sinteticamente, de um determinado tópico de documento. Tudo isso é realizado segundo as fórmulas de facetas mencionadas acima, e sua fórmula generalizada, a sequência PMEST (Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo). Isto serviu para:

  1. a representação dos assuntos, e
  2. a ordenação dos conceitos de uma disciplina em classes formais, de acordo com as categorias existentes nessa disciplina.

A terceira grande contribuição de Ranganathan pode ser vista em seus 18 princípios para o arranjo de elementos das facetas de uma maneira repetível; são seus “princípios para sequência útil”. Estes princípios, muito claramente delineados, podem também ser considerados como um instrumento proveitoso para a avaliação de sistemas de classificação.

4. A INFLUÊNCIA DE RANGANATHAN

Uma justa estimativa da influência de Ranganathan deveria considerar muito mais seu trabalho do que apenas as contribuições mencionadas acima, sem esquecer sua Classificação dos Dois Pontos (11), que pode ser vista hoje como um modelo para um novo sistema universal de classificação facetada.

Após a Segunda Guerra Mundial, seu sistema e os “Prolegomena” tornaram-se mais amplamente conhecidos no mundo ocidental, particularmente na Inglaterra, onde a elaboração de sistemas de classificação facetada para áreas especializadas do conhecimento tornou-se muito comum a partir da década de 1950.

No início da década de 1940, quando o desenvolvimento de tesauros começou a tomar forma, a contribuição inglesa para a confecção de tesauros resultou no Thesaurofacet (15).

Esses sistemas de classificação facetada foram elaborados com e sem formulas de facetas e de citação. Em geral, essa contribuição de Ranganathan foi considerada como um limite demasiadamente inflexível para a expressão dos assuntos. B. C. Vickery (16) propõe uma ordem de citação padronizada que permitiu maior flexibilidade e, ao mesmo tempo, maior generalidade, e que contém os seguintes elementos: Coisa/Parte/Propriedade/Processo/Operação/Agente

As discussões sobre esses problemas ainda não terminaram. As questões relacionadas com uma apresentação sintática ordenada de frases para expressar o assunto contido nos documentos também estão incluídas no sistema de indexação por linguagem livre chamado PRECIS, de D. Austin. Ele utiliza alguns “Operadores de Função”(role operators) (17, p. 92) para a identificação dos elementos sintáticos de suas frases e sua representação no índice de assuntos da British National Bibliography, bem como em outros serviços de informação que já adotaram esse sistema.

5. PESQUISAS DAS RELAÇÕES ENTRE CONCEITOS

Ao se considerar as estruturas classificatórias do ponto de vista analítico – o que se tornou possível através da elaboração consciente de facetas com base em categorias de conceitos – compreende-se a necessidade de aclarar os elementos categoriais dos sistemas de classificação. Um estudo deve ser mencionado aqui como texto fundamental para pesquisas ulteriores: é o livro de E. de Grolier “Um estudo das categorias gerais aplicáveis à classificação e codificação em documentação” (18), que contém uma coleção e apresentação detalhada de todas as categorias gerais dos mais importantes sistemas de classificação universal, bem como de alguns especializados quer representadas nos auxiliares quer nas classes principais. O autor também relaciona todas as propostas de elementos sintáticos que foram feitas em sistemas recentes, como tipos de representações de categorias encontradas na linguagem natural.

Na época desse estudo, J. C. Gardin e seu grupo, também na França, trabalhavam na elaboração do SYNTOL (Syntagmatic Oriented Language), que permitiria uma indexação sintática com o auxílio do computador (19).

Na Inglaterra, J. Farradane havia desenvolvido, em 1950, seu esquema de nove operadores que deveriam servir como indicadores de relações para a expressão de seus chamados “analetos” (dois ou mais conceitos combinados por um operador para formular um enunciado mais informativo sobre o conteúdo de um documento, em vez de utilizar um só termo ou termos não relacionados). (20)

Nos Estados Unidos, especialmente no antigo Centro de Pesquisas em Documentação e Comunicação (CDCR) em Cleveland, Ohio, realizaram-se pesquisas sobre a aplicação de indicadores de funções (roles) no sistema da Western Reserve University para indexação de literatura metalúrgica, e foram desenvolvidos mecanismos que mais tarde influenciaram o sistema de elos (links) e funções difundido pelo Engineers Joint Council (EJC). (21)

Ainda nos Estados Unidos, J. Perreault desenvolveu um esquema filosófico de cerca de 108 relacionadores, publicado em 1962 (22). Esses relacionadores eram destinados a servir como elementos sintáticos juntamente com os elementos de qualquer sistema de classificação.

O coroamento de todos esses movimentos foi uma conferência sobre fatores relacionais em classificação, organizado por J. Perrault em Maryland, em junho de 1966, que recebeu contribuições de todos os autores mencionados acima, inclusive Ranganathan (23). Nessa ocasião, D. Soergel apresentou um trabalho contendo um estudo enciclopédico e as correlações de todos os tipos de indicação de relacionamento (24). Porém, nenhuma solução foi encontrada nessa conferência para os problemas de relações conceituais. Como afirmaria Grolier: “Ainda necessitamos mais pesquisas”(23, p. 396).

Na maioria das instituições, as pesquisas neste campo cessaram, principalmente porque o processamento da literatura por computador estava se tornando, ano a ano, menos dispendioso e mais rápido, e muitos começaram a acreditar na indexação automática. Alguns estudos – especialmente os de Sinnet (25), de Montague (26) e de Lancaster (27) – pareciam provar que o uso de processos sintéticos não era muito útil à indexação coordenada.

Entretanto, com o aumento da quantidade de literatura documentada, já se nota uma insatisfação crescente com a má qualidade de informação fornecida por muitas das grandes bases de dados. Com base em qual teoria seria possível obter melhores resultados na recuperação?

Graças à construção de tesauros e à determinação consciente de relações entre conceitos, bem como a algumas novas pesquisas sobre a teoria analítica de conceitos (28) (29), talvez possamos afirmar que atingimos hoje uma melhor compreensão da natureza dos conceitos. Essa teoria dos conceitos implica em que os conceitos são sínteses rotuladas de enunciados verdadeiros sobre objetos do pensamento: esses enunciados – asserções – levam ao reconhecimento ou à separação das características dos conceitos que também podem ser consideradas como os elementos dos conceitos. As relações entre os conceitos podem portanto ser definidas pela posse comum de certas características em conceitos diferentes. Os tão conhecidos tipos de relação, tais como:

  • relação gênero/espécie
  • relação de partição (todo/parte)
  • relação de oposição
  • relação funcional

podem agora ser explicados (i. e, com o auxílio dessa teoria) devido aos elementos dos conceitos, a seu conjunto de características compreensivas. Assim, categorias às quais os conceitos pertencem podem ser determinadas pela última predicação possível sobre um certo objeto do pensamento. Por conseguinte, pode-se distinguir os seguintes tipos de conceitos, de acordo com as formas categoriais últimas de suas características:

  • conceitos de relação entre objetos
  • conceitos de relação entre fenômenos
  • conceitos de relação entre processos
  • conceitos de relação entre propriedades
  • conceitos de relação entre relações
  • conceitos de relação entre dimensões,

bem como combinações entre eles. Com essas categorias, temos à nossa disposição um instrumento intelectual para a organização de conceitos não só em uma sistematização geral dos elementos do conhecimento mas também em qualquer uma de suas áreas.

Essa teoria analítica de conceitos também torna possível a explicação das relações chamadas “paradigmáticas” e “sintagmáticas”, introduzidas por J. C. Gardin em analogia ao significado desses termos na literatura moderna (30). As relações paradigmáticas são aquelas existentes em sistemas de classificação, e as sintagmáticas aquelas que ocorrem nas frases compostas de elementos do sistema de classificação para a descrição do conteúdo dos documentos. Esses dois tipos de relação podem agora ser compreendidos como dependentes de tipos de conceitos e de tipos especiais de relações entre esses conceitos: as relações paradigmáticas ocorrem nos conceitos de relação gênero/espécie, todo/parte e de oposição, e as sintagmáticas nos conceitos de relação funcional.

Esses dois tipos de relação podem existir não só em sistemas de classificação mas também em frases classificatórias livres ou facetadas, não estando restritos a nenhuma delas, como já havia sido observado por D. Soergel (31) . A seguir, damos alguns exemplos dos tipos de relação mencionados:

a) relação gênero/espécie

objetos      tipos de objetos      tipos de tipos de objetos
árvores       árvores frutíferas   macieiras, pereiras
                     árvores de nozes      nogueiras, castanheiras

b) relação todo/parte

todo           parte
 árvores      raízes, caule, ramos, folhas, etc.

c) relação de oposição

 altura – profundidade
 numérico – não numérico

d) relação funcional

 doação – presente – casamento
 datilografia – trabalho – conferência

Pode-se facilmente observar que esses tipos de relação ocorrem na maioria das vezes em tipos especiais de conceitos; assim, a relação gênero/espécie aparece geralmente em conceitos que denotam objetos ou abstrações, embora também apareça em conceitos que denotam processos e propriedades. A relação de partição também ocorre, na maioria dos casos, em objetos, uma vez que estes podem ser separados em suas partes; naturalmente, essa relação também é aplicável em casos como o da divisão de uma área do conhecimento nas facetas que a compõem. A relação de oposição geralmente é encontrada em conceitos que denotam propriedades, e a relação funcional em conceitos que denotam ações ou processos e seus complementos necessários ou facultativos.

Este último fato, entretanto, é também a razão pela qual essa relação aparece mais frequentemente na organização sistemática de conceitos numa frase, e mais raramente nas hierarquias de uma organização paradigmática de um sistema de classificação. O número de complementos numa determinada frase, que expressem uma relação funcional, poderia ser aumentado a fim de incluir outras informações, possíveis ou necessárias, como por exemplo: condições especiais, finalidade de uma ação, motivo de alguma coisa, agente, lugar e tempo. Geralmente, a quantidade necessária de tais complementos é determinada pela valência de um verbo especial na predicação de uma frase, de um enunciado, de um sujeito; a quantidade facultativa depende de certas circunstâncias que podem ser mencionadas para dar mais concretude à informação em questão. Portanto, também é possível construir, sobre novas bases, a fórmula para a ordem de citação: já não é mais necessário que tal fórmula comece com o conceito mais concreto e termine com o mais geral, como por exemplo, começar com os objetos/coisas e terminar com “tempo”, considerado como “o conceito mais geral”.

Os conceitos, da forma como são representados consecutivamente no enunciado de um assunto, seguem de preferência o modelo de estrutura de uma oração na voz passiva, em que o objeto aparece na primeira posição, o predicado na segunda, e os complementos nas posições seguintes. Com as indicações de espaço e de tempo com a colocação no fim de um enunciado, podemos atingir a maior concretude e individualidade possíveis do enunciado (ou da informação). Geralmente, a quantidade total de complementos de um verbo é limitada à

  • valência “natural” do verbo no predicado em questão (“funcionalidade” das características de seu conceito)
  • maneira necessária de formar e ampliar enunciados para abranger os detalhes necessários à informação em um determinado caso.

6. CONSEQUÊNCIAS NECESSÁRIAS DA TEORIA CONCEITUAL ESBOÇADA

Baseados nas pesquisas descritas acima, encontramo-nos aptos a aplicar os princípios da organização de conceitos, de várias maneiras, ao reconhecimento, à construção e à utilização de sistemas de classificação. Resumindo, podemos dizer que a teoria da classificação, hoje, abrange

  • o reconhecimento do conceito como elemento material dos sistemas de classificação
  • a aplicação de uma teoria analítica de conceitos para a representação do conhecimento ou da informação.

Podemos ver pelo menos três consequências dessa nova abordagem teórica da classificação, já que podem ser utilizadas para:

a) a avaliação dos sistemas de classificação existentes;

b) a construção de novos sistemas com agrupamentos ou arranjos previsíveis;

c) a formalização de enunciados sobre o conteúdo de documentos; tais enunciados podem ser pesquisados com consistência, quer manualmente quer por computador, a partir de estruturas de sentenças predetermináveis.

Com o auxílio da teoria de categorias de conceitos, os sistemas de classificação podem ser elaborados muito mais objetivamente do que antes. Até agora, havia duas abordagens para a construção de sistemas de classificação:

  • abordagem dedutiva – subdivisão de um universo do conhecimento em disciplinas (abordagem global). utilizada pelos sistemas gerais de classificação conhecidos até o momento;
  • abordagem indutiva – construção de sistemas de linguagens de descritores a partir de termos e seus conceitos mais genéricos e mais específicos (abordagem de elementos), que constitui os tesauros.

Ambos os tipos de abordagem são altamente sujeitos à subjetividade, uma vez que tanto a subdivisão de um universo como a determinação de termos genéricos, específicos e relacionados dependem muito do conhecimento das pessoas e dos objetivos variáveis de um sistema de informação. Entretanto, uma terceira abordagem – relacional – parte de um aspecto formal, de um aspecto categorial. Um sistema baseado na abordagem relacional é fácil de ser construído, reconhecido e utilizado.

Além do mais, hoje em dia, sua estrutura é respeitável, e portanto pode ser aceita mais facilmente. Esta abordagem garante, pois, uma maior objetividade.

7. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO FUTUROS EM CLASSIFICAÇÃO

A existência, hoje em dia, de uma teoria da classificação capaz de explicar uma quantidade de fatores anteriormente desconhecidos, ou conhecidos apenas intuitivamente, não significa que novas pesquisas sejam desnecessárias. Possuímos, pelo contrário, agora os instrumentos que nos permitirão avaliar os sistemas de classificação existentes, determinar com exatidão o que era certo ou errado, e saber como os sistemas de classificação podem ser aperfeiçoados.

Recentemente passei por uma experiência muito estimuladora quando, ao final do curso sobre teoria da classificação que ministrei no curso de mestrado do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), pude examinar os trabalhos finais dos alunos. O trabalho consistia em analisar comparativamente uma área do conhecimento nos sistemas de classificação existentes (Classificação Decimal de Dewey, Classificação Decimal Universal, Classificação da Library of Congress, Classificação dos Dois Pontos). Vinte e oito áreas distintas foram investigadas (33). A análise deveria ser tanto quantitativa (considerando números de classes nos diferentes níveis de abstração, e a localização em seus termos nos diferentes sistemas) quanto qualitativa (considerando os tipos de relação encontrados bem como os tipos de regras aplicadas na organização do sistema). Após a análise, cada aluno deveria propor uma nova classificação facetada para a área investigada, bem como uma ordem de citação para a sequência dos elementos de um enunciado classificatório (o classato). Parte dos sistemas propostos foram excelentemente elaborados. Por conseguinte, pode-se supor que, com a aplicação dos princípios estabelecidos e com o auxílio de especialistas treinados no assunto, será possível elaborar novos sistemas de classificação que não só serão mais flexíveis (e portanto melhores para a expressão de novos conhecimentos), mas também serão mais facilmente aceitáveis pelas comunidades profissionais.

Novas pesquisas deveriam agora ser orientadas para:

a) análises de conceitos, especialmente combinação de conceitos;

b) análises de valência dos verbos nas diferentes línguas e em diferentes áreas do conhecimento, que resultem no estabelecimento de fórmulas para ordem de arquivamento e de citação;

c) tipologia das estruturas de frases classificatórias;

d) comparações entre conceitos com o auxílio de definições, inclusive problemas de estrutura e de estruturação de definições;

e) metodologia para o estabelecimento de tabelas de correlações entre conceitos em diferentes áreas do conhecimento; estrutura de léxicos intermediários;

f) determinação de estruturas sintáticas notacionais para a formação de representações expressivas de conceitos, juntamente com seus complementos necessários e facultativos;

g) identificação de problemas organizacionais e relacionados com os usuários, na aplicação de enunciados e elementos classificatórios; quais os casos em que se necessita um acesso mais genérico, ou mais apurado, ou o mais preciso possível?

Além de trabalhos mais avançados na pesquisa de classificação, dever-se-ia desenvolver uma nova consciência geral das potencialidades da classificação sobretudo no interesse da economia não só intelectual como também material. Recentemente foram divulgados resultados de pesquisas em biologia molecular segundo os quais a capacidade de programação de um conjunto complexo de cromossomos não é tão grande a ponto de que um dos muitos bilhões de células somáticas possa ser pré-programada no gene de uma célula germinativa; isto significa que as células devem ser geradas uma das outras de acordo com um princípio de estrutura hierárquica (34). Portanto, se a própria natureza parece utilizar recursos hierárquicos em seus processos, por que esses princípios deveriam ser abandonados em nosso mundo macroscópico de estruturas do conhecimento? Por que muitos sistemas de informação continuam utilizando termos de indexação indefinidos e não relacionados para análise de assuntos? Deveríamos realmente desperdiçar nosso tempo e nossa capacidade com instrumentos tão inferiores, apenas por causa da inadequação dos antigos sistemas de classificação em vigor?

Em consideração à contribuição feita à humanidade por Melvil Dewey – homenageado hoje nesta Conferência – cujo sistema auxiliou, em nível mundial, o aperfeiçoamento do acesso ao conhecimento, devemos agora empenhar-nos para que haja uma melhor compreensão e aplicação dos princípios da classificação.

Referências bibliográficas

1. SAMURIN, E. I. Geschichte der bibliothekarisch-bibliographischen Klassifikation. Bd. I und II. München, Verlag Dokkumentation, 1967. 404 + 781 p. (Trad. do russo. Orig. 1955-1958)

2. SHIELDS, C. W. Philosophia ultima or Science of the Sciences. Vol. II: The history of the sciences and the logic of the sciences. New York, Ch. Scriebener’s Sons, 1889. 482 p.

3. FLINT, R. Classification of the sciences. Presb. R. 6: 401, 435, 1885; 7: 486-536, 1886.

4. RICHARDSON, E. C. Classification. Theoretical and practical. 3rd. ed. Hamden, Conn., Shoe String Press, 1964. XVIII, 228 p. (reimpressão)

5. DAHLBERG, I. Grundlagen universaler Wissensordnung. München, Verlag Dokumentation, 1974.XVIII, 386 p.

6. AMPÈRE, A. M. Essai sur la philosophie des sciences, or exposition analytique d’une classification naturelle de toutes les connaissances humaines. Partie 1-2. Paris, 1834-1843.

7. BLISS, H. E. The organization of knowledge and the system of sciences. New York, Holz, 1929. 433p.

8. BLISS, H. E. The organization of knowledge in libraries. 2nd ed. (1st ed. 1933). Rev. and partly rewriten. New York, H. W. Wilson, 1939. 347 p.

9. BLISS, H. E. A System of bibliographic classification. New York, 1935, 1940, 1953.

10. RANGANATHAN, S. R. Prolegomena to library classification. 3rd ed. Bombay, Asia Publ. House, 1967. 640 p.

11. RANGANATHAN, S. R. Colon classification. Madras, London, 1933, 1939, 1950, 1952, 1957, 1960. reimpr. 1964. 28+124+172+126 p.

12. SCHEPERS, M. Begriffsanalyse und Kategorialsynthese. Zur Verflechtung von Logik und Metaphysik bei Leibniz. Akten des Intern. Leibniz-Kongresses, Hannover, 14-18, November1966. Bd. III, p. 34-39. Wiesbaden, F. Steiner-Verl. 1989.

13. SCHEPERS, M. Leibniz Arbeiten zu einer Reformation der Kategorien. Z. philosoph. Forsch., 20: 539-567, 1966.

14. FREGE, G. Begriffschrift, eine der arithmetischen nachgebildete Formelsprache des reinen Denkens. Halle, Verlag L. Nobert, 1879.

15. AITCHISON, J. et al. Thesaurofacet. A thesaurus and faceted classification for engineering and related subjects. Whetstone, Leicester, The English Electric Co., 1969.XXV, 491 p.

16. VICKERY, B. C. Classification and indexing in science. 3rd ed. London, Butterworths, 1975. 228 p.

17. AUSTIN, D. An Indexing manual for PRECIS. Intern. Classificat. 1 (2):91-94, 1974.

18. GROLIER. E. de A Study of general categories applicated to classification and coding in documentation. Paris, Unesco, 1962. 248 p.

19. CROSS, R. C., GARDIN, J. C. & LEVY, F. L’Automatisation des recherches documentaires – un modèle général “le Syntol”. Paris, Gauthiers-Villars, 1964. (2nd ed. 1968). 260 p.

20. FARRADANE, J. E. L. A Scientific theory of classification and indexing and its practical application. J. Doc. 6: 83-99, 1950.

21. HYSLOP, M. Role indicators and their use in information searching-relationships of ASM and EJC systems. In: Parameters of Information Science. Am. Doc. Inst. Ann. Meeting, 1964, p. 99-107.

22. PERRAULT, J. M. Categories and relators: a new scheme Rev. Int. Doc. 32(4):136-144, 1965.. Também em PERRAULT, J. M. Towards a theory for the UDC. London, C. Bingley, 1969. p. 119-148.

23. PERRAULT, J. M. (ed.) Proceedings of the Intern. Symposium on Relational Factors in Classification. Univ. of Maryland, 8-11, June 1966. Inform. Storage and Retrieval, 3(4):177-410, , 1967.

24. SOERGEL, D. Some remarks on information languages, their analysis and comparison. Inform. Storage and Retrieval, 3(4):219-291, 1967. 62 refs.

25. SINNETT, J. D. An evaluation of links and roles used in information retrieval. Wridht-Patterson Air Force Base, Olhio, 1983. AD 432 198.

26. MONTAGUE, B. A. Testing, comparison and evaluation of recall, relevance and cost of coordinate indexing with links and roles. In: Parameters of Information Science. Amer. Doc. Inst. Ann. Meeting 1964. p. 357-367.

27. LANCASTER, F. W. Some observations on the performance of EJC role indicators in a mechanized retrieval system. Spec. LIbr. 55(101: 696-701, 1964.

28. DAHLBERG, I. Zur Theorie des Begriffs. (Towards a theory of the concept)Intern. Classificat. 1(1):12-19, 1974. Em inglês, ligeiramente rev. e ampl. para os anais da Conferência da FID-CR, Bombay, India, jan. 1975.

29. DAHLBERG, I. Über Gegenstande, Begriffe, Definitionen und Benennung: zur möglichen Neufassung von DIN 2330. Muttersprache, 86(2): 81-117, 1976.

30. GARDIN, J. C. Free classifications and faceted classifications, their exploitation with computers. In: Aherton, P. (ed) Classification Research. Proc. 2nd Intern. Study Conf. FID/CR, Elsinore, Denmark. Conpenhagen, Munks gaard, 1965. p. 161-166.

31. SOERGEL, D. Dokumentation und Organisation des Wissens. Berlin, Duncker & Humblot, 1971. 380 p. (ver p. 135)

32. DIEMER, A. Studien zur allgemeinen Ordnungslehre. Intern. Classificat. 1(2):61-68, 1974.

33. DAHLBERG, I. Classification theory course in Rio de Janeiro. Intern. Classificat. 3(2): 1976.

34. EIGEN, M. & WINKLER. R. Das Spiel, Naturgesetze steuern den Zuf all. München, R. Piper Verlag, 1976. 404 p. (ver p. 99)

*Tradução do inglês por Henry B. Cox. Palestra apresentada à Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, Rio de Janeiro, 12-17 de setembro de 1972. Anais. Brasilia, IBICT/ABDF, 1979. v. 1, p. 352-370.

Notícias

Café acadêmico

Apresentação da pré-proposta de qualificação de mestrado de Roberta Nayara de Oliveira Pereira, intitulada "METADADOS PARA A DESCRIÇÃO DO CONTEXTO TECNOLÓGICO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS VISANDO A GUARDA PERMANENTE EM REPOSITÓRIOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS CONFIÁVEIS RDC-ARQ".
A apresentação ocorrerá dia 31/5 no IACS, Lara Vilela, na sala C-220

Tertúlia: O que é o conceito, para Dahlberg

Local: sala C-301 - IACS - Dia 11 de maio de 2023, 14h.

Seminário de Encerramento de Estágio Pós-Doutoral do Prof. Dr. Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda

Dia 26/04/2022 às 14h – youtube.com/PPGCIUFF

Seminário de Pesquisas Discentes do EOOCI 2021

Data: 1º/12/2021
Transmissão via Google Meet.

Inscrição no link: https://forms.gle/jANr7fVTx7NdFiqaA

Evento com a participação do grupo

SEMINÁRIOS DE ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO – SEMOC 2021

PROGRAMAÇÃO: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO NO BRASIL

Dias: 25, 26, 27 e 28 de maio de 2021

Canal de transmissão: YOUTUBE PPGCI-IBICT-UFRJ

Inscrições: https://www.even3.com.br/semoc2021
REALIZAÇÃO: UNIRIO – UFF – IBICT – UFRJ

Veja aqui a Programação do SEMOC

Lives no YouTube

Entrevista com Maria Luiza de Almeida Campos – por Hildenise Ferreira Novo

Aula magna com a Profa. Hagar Espanha Gomes

youtube.com/ProjetoSalaAberta

A abordagem onomasiológica na elaboração de modelos de domínios

Com as Profas. Dras. Hagar Espanha Gomes e Maria Luiza de Almeida Campos (PPGCI-UFF)

Dia 24/setembro/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/NrX0XEq7zlI

 

Live no Google Meet
Com Profa. Dra. Maria Luiza de Almeida Campos e Nilson Theobald Barbosa
Interoperabilidade semântica em ambientes heterogêneos
Dia 17/09 às 17h
Vídeo da palestra disponível em: https://drive.google.com/open?id=1KpUsRdKWAUoQFTw_pDaapB0V4E_RPjb3&usp=gmail

 

Lives no YouTube

Análise dos agradecimentos em artigos indexados na SciELO: desafios e perspectivas

Com Prof. Dr. Gonzalo Rubén Alvarez (GCI/UFF)

Dia 27/08 às 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/iGbeuVALVsc

Análise do uso do tema Cientometria em artigos indexados na BRAPCI

Com Profa. Dra. Michely Jabala Mamede Vogel (PPGCI/UFF)

Dia 13/agosto/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/9Gu7iYSYTl8

Desafios do campo biblioteconômico no Brasil
Com Profa. Dra. Ludmila dos Santos Guimarães (UNIRIO).
Dia 30/julho/2020 – 15h
YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/xOEIf5YaQ_U

Sistemas de Organização do Conhecimento: teorias, metodologia e modelo.

Com Profa. Dra. Hildenise Ferreira Novo (UFBA).

Dia 23/julho/2020 – 15h
YouTube – Canal EOOCI:: https://youtu.be/xOEIf5YaQ_U

Analisando os dados de pesquisa na perspectiva arquivística

Com Dra. Ivone Pereira de Sá (FIOCRUZ)

Dia 16/julho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/cfR_ATg3uCY

A Engenharia da Informação como ferramenta de transliteração de linguagens de representação do conhecimento: conjugando as naturezas cognitiva, documentária e comunicativa da Informação

Com Dr. Ivo Pierozzi Junior (EMBRAPA)

Dia 09/julho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://www.youtube.com/watch?v=QH_lR54z_2s

As religiões de matrizes africanas em sistemas de organização do conhecimento: uma abordagem aos estudos culturais

Com Prof. Dr. Marcos Luiz Cavalcanti de Miranda (PPGB/UNIRIO e PNPD/PPGCI/UFF)

Dia 02/julho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/FUEGTtQcvYk

Abordagens metodológicas na elaboração de instrumentos de representação de CI

Com a Profa. Dra. Hagar Espanha Gomes

Dia 25/junho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/jCBX-UybvW8

Tesauro funcional para arquivos correntes

Com Michely J. M. Vogel (PPGCI/UFF)

Dia 18/junho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://youtu.be/TPbqo4MS3m8

As contribuições da Dra Ingetraut Dahlberg para a OC e a aplicação da CSKOL para a visualização da pesquisa atual nesse universo de conhecimento

Com  Tatiana de Almeida (PPGCI/UFF)

Dia 11/junho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://www.youtube.com/watch?v=5fu5lhrtPkQ

Taxonomias como objetos de fronteira

Com Linair Maria Campos (PPGCI/UFF)

Dia 04/junho/2020 – 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://www.youtube.com/watch?v=lJRimGGLlo8

O domínio multidimensional do novo coronavírus e a Organização do Conhecimento
com  Rosana Portugal Tavares de Moraes
28/maio/2020, 15h
YouTube – Canal EOOCI: https://www.youtube.com/watch?v=hRBVtK15r5Y

Indexação de fotografias usadas na propaganda sobre COVID-19: princípios para análise conceitual
com Joice Cleide Cardoso Ennes de Souza
21/maio/2020, 15h

YouTube – Canal EOOCI: https://www.youtube.com/watch?v=6XcdqzqVr4g

A atualidade do pensamento de Ranganathan: As Cinco Leis e suas Ideias Forças –
com Maria Luiza de Almeida Campos – PPGCI/UFF.  Dia 7 de maio de 2020, às 15h.
@grupo_eooci.

 

_______________________________________

I Seminário do Grupo de Pesquisa Estudos Ônticos e Ontológicos em Contextos Informacionais: representação, recuperação e métricas – EOOCI

Data: 06/11/2019

Local: Sala Interartes – Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS/UFF)

Inscrições em:

https://www.even3.com.br/seminarioEooci

 

Acesso aberto na ciência é tema
de evento organizado pelo PPGCI/UFF

10/10/2019

XX Enancib

22 a 25/10/2019

Evento do grupo de pesquisa

Saiba mais em: https://estudosdainformacao.wordpress.com/

Skip to content